A <i>INCM</i> tem futuro

A célula do PCP na Imprensa Nacional/Casa da Moeda (INCM) alerta, no número 2 do seu boletim Conta Fios, para a ofensiva que o Governo está a desferir contra o sector empresarial do Estado e, em concreto, contra a empresa, apesar de esta ter «largos anos de provas dadas ao serviço do Estado português» e de ser «fundamental para o prestígio do País além-fronteiras e instrumento de soberania nacional».

A área de produção do livro da Unidade Gráfica está ameaçada, «tendo por base um estudo mandado efectuar sobre os custos das edições, para justificar que é mais barato mandar fazer o trabalho a empresas exteriores», alerta a célula comunista. Mas tal só acontece, acrescenta-se no boletim, «devido ao sub-aproveitamento dos meios existentes (materiais e humanos), por falta de planeamento e planificação do trabalho e por falta de agressividade no mercado concorrencial». Assim, para os comunistas, não são certamente os trabalhadores os responsáveis pela situação actual desta secção.

Lembrando para os «vários exemplos no País em que gestões objectivamente danosas levaram ao encerramento de empresas ou de parte delas», os comunistas chamam a atenção para a tentativa de venda do edifício da Rua da Escola, o que, a ir por diante, poderia ser determinante para o encerramento da gráfica e dos serviços a funcionar nesse local.

Em relação à moeda, os comunistas recordam que é já público que a partir do ano que vem pára a cunhagem por falta de encomendas do Banco de Portugal, o único cliente, sobrando apenas a produção de moedas comemorativas e eventuais encomendas para o exterior. Já as contrastarias, «entidades-chave para a credibilidade da ourivesaria portuguesa e de relevante importância para a economia nacional, são um negócio apetecível para os privados do sector, e existem vários interessados».

Dirigindo-se aos trabalhadores da empresa, a célula do PCP salienta que o«panorama que se nos apresenta não configura nada de bom para os trabalhadores», pois a ameaça é «real e tem datas». Com o espectro do desemprego a pairar sobre os trabalhadores da empresa, na maioria altamente especializados, os comunistas apelam para que não se «deixem embalar em conversas da treta» e que desde já, em conjunto com as suas estruturas representativas, «encetem formas de luta para travar o passo aos desmandos deste Conselho de Administração e deste Governo».

Para o PCP, a INCM tem futuro, o Governo é que não! 



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